4.1.06

Peça: 17. A Paisagem Íntima Destas Ruas

Foi diante de nós. Já nada havia a ser feito. Estavam mortas e o corpo fatídico das ruas enternecia a cidade.

Cada pedra secular destas ruas é feita de silêncio ancestral e solidão. A solidão que endurece as pedras mais macias.

Estavam diante de nós. Eram o corpo silencioso das ruas.

Nada foi dito e continuamos nossa caminhada nesta procissão de silêncios.

Eram o corpo silencioso das ruas. Já estavam mortas antes mesmo de nascer o tempo ou Deus, eu sei.


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Foto de Nabor Kisser

21 comentários:

Anônimo disse...

Estou super feliz: teu silêncio enfim acabou e postaste este belíssimo poema, ainda que recheado de silêncios, mesmo assim dizendo mto. Bonito, mto bonito! Beijossss...
Theo, qto a Fabiano, coloquei o telefone dele nos coments do post anterior. Veja lá!!!! Mais beijossss...

Theo G. Alves disse...

glória,
às vezes o silêncio arrebata a gente de uma maneira tão profunda que o que nos resta é alardeá-lo.
Obrigado!
Beijo bem grande!!

Anônimo disse...

Olá Theo. Entre um silêncio e outro, maturaste um outro silêncio. Aquele que talvez seja o mais imperativo: o que renasce... apesar do tempo ou Deus. Eu sei? Sei, não. 1 abraço. Marcos (http://mslppardim.blog.uol.com.br)

Theo G. Alves disse...

Marcos, meu caro, aqui por estas bandas o que mais se ouve é um silêncio profundo, muito profundo. Toda rua nestas terras é natimorta.
Grande abraço!

Anônimo disse...

Um beijo de ano-novo, Theo. Que seja feliz.

Claudinha ੴ disse...

Ao ler este poema, sinto-me novamente andando pelas ruas de minha querida Vila Rica, assim eu pensava de cada pedra sabão, de cada gota de suor escravo ali deixada. Mas ~para mim nunca estiveram mortas, estavam ali testemunhando o tempo... Um beom começo de ano Theo!

Theo G. Alves disse...

Márcia, que a felicidade seja para nós!
Beijo!!

Theo G. Alves disse...

Claudinha,
às vezes imagino pretensiosamente que as ruas de minhas terras são como as ruas de todas as terras do mundo... e é verdade que aqui as pedras também testemunha tudo, pois mesmo os mortos ainda vêem o mundo...
beijo!!
ótimo ano pra você!

Theo G. Alves disse...

ronaldo,
tenho experimentado pessoalmente a prolixidade do silêncio... são tempos difíceis, mas a presença dos amigos ajuda muitíssimo.
Obrigado!
Um abraço!

Francisco Sobreira disse...

Cativante, belo texto, Theo. Um abraço.

Theo G. Alves disse...

Sobreira, toda gentileza sua. muito obrigado!
Um grande abraço!

Theo G. Alves disse...

Marilena,
seja bem-vinda. este museu carece sempre de receber boa e nova gente...
fico grato por tanta gentileza sua.
Um abraço!

Anônimo disse...

Theo, obrigada pelo comentário que fez no meu blog. Aviso-lhe que mudei de endereço. Bjs.

Theo G. Alves disse...

Marilena,
foi um prazer e a mudança está anotada.
beijo!

Anônimo disse...

cada vez melhores os textos por aqui, theo. escrita madura, angustiada e bela.

saudações

Theo G. Alves disse...

celso,
cada vez mais gentil...
obrigado!!!

um abraço!

Augusto Paim disse...

Olá!
Fico feliz por saber que está gostando do meu blog. Ainda há pouca visitação, mas comentários como os teus me motivam a seguir escrevendo.
Você é professor! Estuda quadrinhos? Fiquei curioso para saber mais sobre o teu trabalho!
Abraço!

Theo G. Alves disse...

Olá Augusto,
tenho mesmo gostado do Cabrum... principalmente das leituras semióticas que você tem feito de alguns desenhistas e desenhos...
Sou mesmo professor, mas infelizmente não estudo quadrinhos: sou um "gostador" deles. especialmente das tirinhas...
conversaremos mais!
um abraço!

Theo G. Alves disse...

Milton, entendo sim, entendo e agradeço.

um abraço!

Anônimo disse...

belíssimo, theo. belíssimo.

um beijo grande.

Theo G. Alves disse...

márcia,
obrigadíssimo.

grande beijo!