12.6.07

Peça: 35. Uma Página do Futuro Manual Prático de Coisas Inúteis

instruções para se inventar um besouro

uma cor improvável
é a matéria primeira da carapaça
de pedra/vime

convém dar ao besouro
costas titânicas
e um ventre cremoso

um alicate
não o resolve
menos ainda o reinventa

que voe
mas sem exageros -
o infinto é para os graúdos

convém dotá-lo
de um desejo pelo chão
se é de escombros feito o tempo

não se deve dar ao besouro
memória: que os erros de deus
só se cometem uma vez.

17 comentários:

Moacy Cirne disse...

Meu caro, você demora a atualizar o seu blogue (o que é uma pena!), mas quando o faz, como agora, consegue fazê-lo como um Senhor da Escrita. É isso aí. Um grande abraço.

Theo G. Alves disse...

querido Moacy,
suas palavras mais do que me alegram!

verdade que tenho sido cada vez mais relapso com este museu, em que sempre me sinto aconchegado. mas tem acontecido tanta coisa: problemas de todas as sortes, de todas as montas. algumas dificuldades familiares, questões de saúde e coisas práticas: essas que tornam a vida um objeto incompreensível.

assim que tudo voltar ao normal, espero voltar a escrever com mais assiduidade.

abraço muito grande, neste seridó chuvoso e mágico de junho.

Anônimo disse...

talvez, muito em função desses erros divinos, há uma espécie de inseto voador que atende pelo sugestivo nome de louva-a-deus... salve, theo. 1 abraço.

Anônimo disse...

Un vrai bijou... bravo mon cher!!!!

Myria

Theo G. Alves disse...

é, marcos: essas coisas que os nomes inventam, que os nomes recriam. um grande abraço!

Theo G. Alves disse...

Myria,
vê se chega logo. estamos contando as horas.
beijo grande!

Anônimo disse...

adorei seu besouro/poema..crie maisss de outras espécies.. rs um beijo, saudades

Anônimo disse...

Tinhas razão... o q a gente faz com quando as peças de xadrez saem do nosso controle??? Como não ferir e não se deixar ferir? Já encontrou a resposta professor? Se já, me avise... Xero. Tô adorando todos os textos, puxa, ainda tem muitos até eu terminar hein. Até amanhã...

Larissa

Theo G. Alves disse...

célia,
obrigado. tenho tentado (aos pouquinhos) trabalhar em outras "pequenas inutilidades" de outras espécies... espero que resulte em alguma coisa bacaninha.
beijo!!

Larissa querida,
esse é o dilema e me parece que a resposta não é das mais animadoras: quando a gente perde o controle sobre o jogo, a gente muda de estratégia, improvisa e torce: mas há sempre a possibilidade de derrota.
Espero que você se divirta com os textos.
Beijo grande e até daqui a pouco.

Denis disse...

Problemas de saúde?...vamos trocar figurinhas??? :)

...é, acho que convém dar a um besouro um futuro chamado 'homem'.
Ou... um 'peteleco' pra se perder o rumo.

Cheiríssimos, mon coeur...

D

Anônimo disse...

Nosso amigo JA iria dizer que vc anda arrependido dos seus erros...
rssss

Belo poema, meu caro...
Belíssimo. E de uma originalidade que só os graúdos conseguem...

Grande abraço,

Aldenir

Theo G. Alves disse...

Denis querido,
eu e a família toda temos tropeçado na saúde, mas é café pequeno... :)
vamos trocar outras figurinhas!
quanto ao besouro, tenho dado uns petelecos nele, mas parece que a carapaça pesa, pesa... :)
beijão!

Theo G. Alves disse...

grande Aldenir!

obrigado pelas palavras de extrema gentileza!

E a verdade é que JA estaria certo eheheheheheh

falando nisso, eu ainda não te contei a história do dia em que eu vi Jesus, rapaz. não só vi, mas falei com ele: no dia da menção honrosa! depois eu conto ehhehehehe

Apareça!

Grande Abraço!!

Maria Maria disse...

Théo,
Demora mais a reorganizar seu museu! Cada vez que o faz, ele se torna mais valioso. É como o vinho; quanto mais "velho" melhor. No seu caso, mais "empoeirado". Adoro-te, menino de sensibilidade alada, curador desse lugar de todos. Beijos de Miss Eme

Anônimo disse...

Oi, tudo bem? Indiquei seu blog ao concurso 7 Maravilhas da Blogosfera que está rolando na net. Para conhecer as regras vá ao meu blog ou ao endereço http://osentidodascoisas.blogspot.com

Um grande beijo.

Wescley J. Gama disse...

Que poema, Théo! Bem que iara falou. Quando aparece lá em casa? Tá devendo, hein?

Theo G. Alves disse...

Miss Eme,
toda a sua gentileza para com este colecionador de pó neste museu abandonado torna a casa melhor, mais bonita e mais brilhosa.
Um beijo bem grande de muita saudade!


Célia,
obrigado pela indicação maravilhosa. pelo que vi, cheguei um tanto atrasadinho, mas o que vale é ter sido lembrado com tanto carinho. agradeço muito!
Beijo bem grande!


Wescley, meu velho,
agradeço. gentilezas demais de sua parte e da parte da menina iara.
A visita eu quero pagar em breve. é só me recuperar de um probleminha de saúde que me anda tirando do sério. mas que eu vou, vou.
abraço!!