Dia sem número terceiro
Meu olhar por estas terras já não mais parece o de um viajante breve, cujos olhos se aplicam momentaneamente sobre tudo o que lhe é passageiro, efêmero.
Creio minha bandeira fincada sobre estas serras e imagino suas cores e estrelas desbotadas e seu corpo tem a forma de uma minha camisa rota e suja de sangue, redesenhada pelos anos e amargores dos dias: minha bandeira morta.
Verdade é que pensei em deixar esta cidade, mas desconhecia novas rotas de partida e havia esquecido a rota que me trouxera até aqui. Este caderno há de um dia apontar-me os caminhos por onde possa deixá-la, eu sei.
4 comentários:
Certos caminhos parecem levar sempre ao mesmo lugar...
Abraço, Théo!
Ada (www.meninagauche.blogger.com.br)
(adalima@gmail.com)
Belo texto, e me bate a nostalgia de quando parti para chegar nem sei aonde.. beijoss
Maravilçha, Theo. Muito legal. Nossa aldeia é parte de nós. Ninguém se amputa assim, impunemente.
Se tiver um tempinho, dê uma chegadinha no Antigas Ternuras. Tem umas surpresas surpreendentes por lá. Carpe Diem. Aproveite o dia e a vida.
Este caderno vai trazer muitas lembranças...
Gostaria de voltar a ter um caderno desses, mas falta inspiração e força de vontade :/
Bj,
ReOl
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