lentamente
abandona tuas roupas
deita-as
peça
por
peça
sobre o chão
o piso de gelo
sob
teus pés:
como os dedos finos
da morte gelada
lhe tocam o ombro
lentamente
teu corpo
masculino
e
imperfeito
diante do espelho
é silêncio:
tua voz esquecida
tua musculatura
de pedra
frágil
arqueja ante os
relógios:
tua casa
em ruínas
abandonados
tuas roupas
teu corpo
tua voz
ergue a casa
de teu calar
de tua ausência
ninguém dirá:
não morras -
hoje não.
9 comentários:
*palmas*
hoje, não mais.
muito bom!!
Sensação de abandono total esse teu poema me traz. Belo muito belo, apesar de extremamente triste, ou talvez por isso mesmo.
Abraço, meu caro amigo.
PS: Espero que esse dê certo.Rsrsrs
lindo lindo, menino lindo!
quem te inventou, hein? quem inventa homens, besouros e poesias tão belas?
daqui uns dias passamos na tua casa...saudades!
beijos
Iara
Olá!
Já tinha vindo por aqui através do blog da Iara, mas dessa vez não tenho como não comentar: poema lindo! De uma beleza e melancolia encantadoras. :)
Quero um Theo pra mim, rs.
por vezes, saudade
do amanhã.
abs!
nossa, theo, que foda, que foda!!! tu és bom, meu velho, muito bom poeta. deus que te conserve e guarde, ainda que mergulhado em tonéis de melancolia. 1 grande abraço.
Só rindo pra não chorar, coitado desse homem! Tem gente que não se conforma com a sua condição e entra nessa paranóia!
Gostei da riqueza dos detalhes melancólicos.
Grande beijo,
ReOl
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