20.7.06

messias

sozinho
ele está despido
no deserto

escreveu seu coração
na areia
para não carregar a angústia
pétrea de seu medo
até os últimos dias

quando o povo vier ao seu encontro
ele fugirá
para mais longe ainda
continuará despido e


sozinho
ele estará despido
no deserto

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Este museu tem estado abandonado, relegado à poeira e a um breve esquecimento. Mal lembrava-me a última vez em que estive aqui. Trago então este poema - queria dizer "que tem a forma do teu seio", como escreveu Quintana - frágil, rápido, feito da lama que ainda resta do barro de que sou feito. Volto melhor em breve, sobretudo, para revisitar os amigos. Grande abraço.

Hoje, sem fotos.

11 comentários:

Liliane de Paula disse...

Theo, onde vc andou, rapaz? Nunca mais escreveu aqui.
Liliane de Paula

Anônimo disse...

théo, meu caro, é deveras uma alegria reencontrá-lo por aqui. teu museu, pode ter certeza, não esteve de todo abandonado. seus tantos amigos visitantes por aqui estiveram, sempre. relendo suas peças. por ora, perimita-me somente externar a alegria de revê-lo. depois, volto. e comento o solitário messias. 1 grande abraço pra ti, meu velho.

Theo G. Alves disse...

Liliane,
a vida real é cheia de uns atropelos... a fase é de muito trabalho e correria, dificil de fazer literatura nesses tempos... mas, embora correndo mt, posso dizer que tenho estado bem... o Marcos Pardim, que comenta logo aqui acima, foi um dos primeiros a perceber q mesmo sumido, me sentia de alguma forma bem... e é verdade. volto com mais assiduidade em breve,
Até lá.


Marcos, meu velho,
é bom demais tê-lo por aqui nesta breve volta à casa antiga, casa miúda, que é este museu. é bem verdade que a presença dos amigos sempre tão fiéis impediu q a poeira desmanchasse este museu. eu agradeço demais.
Um grande abraço, havemos de nos visitar com mais frequencia em breve.
Até lá!

Anônimo disse...

É uma dádiva messiânica tê-lo de volta aqui. Você não sabe qual foi minha emoção ao te encontrar naquela segunda pela manhã , depois dos sábados te esperando. Volta logo , mano!

Abração!

Anônimo disse...

Que alegria imensa passar aqui e encontrar uma peça nova.
Um grande beijo. Anne.

Claudinha ੴ disse...

Théo!
Quanto tempo!
Há momentos que precisamos de estar despidos no deserto para olharmos melhor para dentro de nós. Sós e sozinhos, mesmo em meio a uma multidão...
Não desapareça, sinto falta de seus textos! Você me trouxe amigos maravilhosos...

Anônimo disse...

Meu caro amigo Théo, estou publicando seu poema na minha coluna do CNAGITOS e divulgando seu blog. Um forte abraço!

Anônimo disse...

ALVÍSSARAS...voltaste p/ nos brindar c/ a tua esplendorosa e profunda escrita que sempre nos/me deixa boquiaberta e encantada, pois, não importa sobre o que versa, fala-me direto ao coração, ou seria ao espírito cansado e só, neste imenso deserto que é viver...bem, não tem importância, o que realmente importa é que o temos de volta, seja mto bem vindo, meu caro Théo!!!!!!! Não demore tanto da próxima vez que sumir, de qualquer forma, estaremos por aqui, a tua espera...sempre...
1 grande abraço de boas vindas!!!!!!!

Anônimo disse...

Caríssimo Theo: O Museu de Tudo, que a todos encanta, não pode parar. E você voltou em grande estilo. Um grande abraço.

Anônimo disse...

Théo,

Há momentos em que a vida nos atropela e é, mesmo, difícil conseguir escrever. Eu mesma, encerrei o PULSAR.
Mas sei que volto, como sei que vc também voltará.
Enquanto isso, vou me deliciando com o que já está aqui.
beijos

Anônimo disse...

lindo!